9 de setembro de 2025 - A Mangrove Breakthrough apresentou seus planos na Cumbre Internacional de Sostenibilidad e Innovación Ambiental de Bogotá para transformar a arquitetura financeira necessária que permita escalar inversões positivas para os manguezais.
Como parte de sua meta, de mobilizar 4.000 milhões de dólares para proteger e restaurar 15 milhões de hectares de manguezais até 2030, a iniciativa busca redirecionar o capital dos setores que impulsionam a degradação para uma transformação sistêmica. A mesa redonda financeira de hoje faz parte de uma gira de inversionistas de seis meses que culminará na COP30 em Belém, Brasil.
"Na atualidade, 62% da perda de manguezais é causada diretamente pela atividade humana, e mais da metade de todos os ecossistemas de manguezais podem entrar em colapso até 2030", disse Carlos Eduardo Correa Escaf, ministro do Meio Ambiente da Colômbia e embaixador global da Mangrove Breakthrough. "Assegurar o futuro dos manguezais exige uma mudança fundamental na maneira como investimos. Gobiernos, instituições financeiras, ONGs e comunidades em primeira linha devem se unir para transformar a forma como fazemos negócios".
A América Latina e o Caribe, que, em conjunto, abrigam mais de uma quarta parte dos mangás do mundo, constituem uma região prioritária para a iniciativa. Mais da metade dos 40 governos nacionais e subnacionais que apoiam o Breakthrough estão na América Latina e no Caribe. A administração colombiana foi uma das primeiras a apoiar a iniciativa durante a COP28 em Dubai, juntamente com os governos departamentais de Atlántico, Barranquilla, Bolívar, Cartagena, Cesar, Córdoba e Sucre.
"A Colômbia tem sido durante muito tempo um líder em conservação e restauração de manguezais, e vemos que ela pode desempenhar um papel fundamental para impulsionar as transformações financeiras necessárias para escalar esses esforços", afirmou Victoria Paz, Líder de Finanças da Mangrove Breakthrough.
Para acelerar a inversão, a iniciativa está lançando a Serie de Bonos de Transición de Manglares, um mecanismo regional de financiamento para canalizar capital para negócios com impacto positivo nos manguezais; um Acelerador e um Fundo de Assistência Técnica para melhorar a capacidade bancária dos projetos e estabelecer plataformas nacionais de inversão; uma Plataforma Digital de Mapeamento e Monitoramento em colaboração com a Restor para centralizar dados e dar seguimento ao impacto; e Vitrinas de Investimento curadas junto com a Capital for Climate para conectar projetos verificados com financiamento público, privado e filantrópico.
O Mangrove Breakthrough é um movimento global que busca redefinir a forma como os manguezais são valorizados, financiados e protegidos. Reúne governos, investidores, sociedade civil e comunidades locais para impulsionar uma mudança sistêmica por meio da mobilização de 4.000 milhões de dólares destinados a garantir o futuro de mais de 15 milhões de hectares de manguezais até 2030. Não se trata apenas de um esforço de conservação: é um guia de rota sobre como a natureza pode se integrar aos sistemas econômicos e climáticos globais.
A iniciativa foi lançada na COP27, em Sharm el-Sheikh, e reuniu governos, organizações não governamentais (ONGs), pesquisadores e financiadores para se mobilizarem coletivamente em torno de quatro ações, baseadas nos princípios reitores desenvolvidos pela Global Mangrove Alliance (GMA):